Introdução
O ministério profético desempenha um papel crucial na edificação da igreja, trazendo à luz as revelações divinas e orientações específicas de Deus para Seu povo.
Este ministério é uma manifestação da graça de Deus que permite à igreja ouvir diretamente Sua voz e discernir Sua vontade para tempos e estações específicas.
Vamos explorar o que é o ministério profético, sua importância bíblica e prática, e como ele pode transformar a vida dos crentes hoje.
O Que é o Ministério Profético?
Quando escutamos a maioria dos cristãos falarem sobre a palavra “profeta”, muitos tendem a pensar que o profeta é alguém que simplesmente prediz o futuro, muito similar a um vidente ou adivinhador.
Vemos com muita frequência essa manifestação nos profetas do Antigo Testamento, eles prediziam o futuro, mas o papel do profeta é muito mais amplo do que alguém que faz previsões futurísticas.
Em nossa atualidade, vemos a palavra “Profeta” da tradução grega do Antigo Testamento. A palavra grega “prophetes”, que deriva a palavra “profeta”, é um termo bem flexível, que combina com dois elementos.
Vamos começar do segundo elemento; O segundo elemento “Phetes” significa, “falar”, nos sugere que os profetas falaram e escreveram muito.
O primeiro elemento, “Pro”, significa “falar de antemão”, antecipadamente ou predizer. E por outro lado, significa “Proclamar algo”.
Muitas vezes, falar de antemão não significa ser uma predição. Um profeta então, pode predizer ou simplesmente proclamar algo do coração de Deus.
Na realidade, vemos os profetas do Antigo Testamento realizando ambas as coisas. Eles falaram do futuro e ousadamente profetizaram a respeito dos seus próprios dias.
Importância Bíblica do Ministério Profético
A Bíblia está repleta de exemplos de ministérios proféticos. Profetas como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel tiveram visões e sonhos que não apenas previram eventos futuros, mas também chamaram o povo de Deus ao arrependimento e à restauração.
Hebreus 1.1: “Havendo Deus, desde a antiguidade, falado, em várias ocasiões e de muitas formas, aos nossos pais, por intermédio dos profetas”.
Neste período acontecem as profecias messiânicas, como podemos ver por exemplo em: Isaias 53
“Ele cresceu diante dele como um broto tenro e como uma raiz saída de uma terra árida e estéril. Ele não aparentava qualquer formosura ou majestade que pudesse atrair os seres humanos, nada havia em seu aspecto físico pelo que pudéssemos ser cativados. Pelo contrário, foi desprezado e rejeitado pelos homens, viveu como homem de dores, experienciou todo o sofrimento […]”.
Por muito tempo o ministério profético se resumiu a manifestações proféticas (unção profética e dom profético) ou ainda sendo limitada à igreja local, mas o ministério profético é muito mais amplo do que isso.
Ele foi chamado para fazer parte do governo da Igreja, traduzir o próprio Céu na Terra, discernir atmosferas, transformar ambientes e decretar a vontade de Deus não só para o homem, mas para a cidade, nação e mundo!
No Novo Testamento, o dom profético é reafirmado por Paulo como um dos dons espirituais essenciais para a edificação da igreja (1 Coríntios 14:1-5).
O profeta Joel, citado em Atos 2:17-18, profetizou o derramamento do Espírito Santo sobre toda carne, resultando em profecias, visões e sonhos. Esta promessa se cumpre no Pentecostes e continua a ser uma realidade para a igreja hoje.
TODOS PODEMOS PROFETIZAR, MAS NEM TODOS SOMOS PROFETAS DE OFÍCIO.
O Ministério Profético pode ser resumido em: Espírito de Profecia, Dom de Profecia (e outros dons, claro) e o Profeta de Ofício.
O Espírito de Profecia nada mais é do que o próprio Espírito Santo que habita em nós. Através dele somos habilitados a profetizar.
Aqui, neste ponto, aproveitamos para desmistificar que somente os profetas podem profetizar. O Espírito Santo pode usar quem Ele quer e da Sua maneira.
Todo cristão tem acesso a mover-se profeticamente inspirado por Ele. Entretanto, isso não caracteriza que a pessoa que profetizou pelo Espírito tenha o ofício de profeta ou o dom de profecia, nem tampouco que possa simplesmente profetizar durante o culto, no meio da ministração da palavra, por exemplo, pois existe uma ordem e um protocolo.
É importante que fique claro que o Espírito de Profecia não entra e sai de uma pessoa, Ele habita em nós, ressaltamos: é o próprio Espírito Santo. O que ocorre é a manifestação da Sua vontade através de alguém.
Ele testemunha de Cristo para que frutos sejam produzidos e as pessoas sejam edificadas à estatura do varão perfeito que é Cristo.
Dom de profecia é uma das nove manifestações do Espírito Santo descritos em I Coríntios 12:4-11, onde o Espírito reparte a quem Ele quer e como Ele quer. É como um presente de Deus para nós, sendo residente e permanente.
Referências: Rm 11:29; 1 Co 14; Rm 12:6; Mt 7:20.
Já o ofício do Profeta não é um dom, nem um mover, mas um dos cinco ministérios (Efésios 4:11-13), com a habilidade para perceber e falar especificamente da mente de Cristo a indivíduos, igrejas, negócios e nações.
O ministério do profeta é fundamental para o governo da Igreja, pois estabelece fundamentos juntamente com o ministério apostólico (Efésios 2:20).
O profeta já nasce com o ofício e não profetiza somente a pessoas individuais, mas seu mover é mais amplo afetando desde vidas, como estruturas religiosas e governamentais. Também atua fortemente no campo de batalha espiritual (Amós 3:7)
Alguns Exemplos: Profetas de Jerusalém: Atos 11:27; Profetas em Antioquia: Atos 13:1; O chamado do Profeta Jeremias: Jeremias 1:4-5.
Funções e Atuações do Profeta:
- Está juntamente com o apóstolo na fundação da Igreja;
- Discerne o coração e traduz para a Terra;
- É um porta-voz de Deus. As palavras do profeta têm a mesma autoridade que as palavras de Deus.
- Aponta direção para a Igreja;
- Atua no governo da Igreja.
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Conclusão
O ministério profético é um presente vital para a igreja, trazendo a voz de Deus ao Seu povo de maneira poderosa e transformadora.
Ao abraçar e cultivar este ministério, a igreja pode experimentar uma profundidade maior de comunhão com Deus e uma clareza maior em Seu propósito para nossas vidas e comunidades.
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