Saiba como Viver a Paternidade Espiritual

Entenda a Paternidade, o sistema de governo de Deus, à luz do Novo Pacto!

 

 Sou de uma época em que os desenhos animados eram mais inocentes, eu gostava muito dos super-heróis, mas nunca havia me atentado a uma característica comum em todos eles:

 

  • Hulk – espancado pelo pai na infância e vive sozinho;
  • Batman – órfão;
  • Super-Homem – órfão;
  • Homem-Aranha – órfão.

 

Os ícones da geração dos pais de hoje não tinham pais!

 

Eles nos transmitiam uma mensagem subliminar: Eu posso ter poder, fama, reconhecimento, sem ouvir ninguém, sem me sujeitar a ninguém!

 

Deus nos deu um Espírito de adoção (huiothesia), para vivermos como filhos, sujeitos à autoridade! Há um cuidado sobre as nossas vidas!

 

O que é huiotesia? 

É o processo que leva um filho ao amadurecimento, tornando-o apto para administrar os negócios do pai.

 

No antigo pacto, dava-se com 30 anos, por isso Jesus esperou para iniciar Seu ministério.

 

Ele foi enviado não como um anjo, mas como menino, para viver debaixo do cuidado de uma casa paterna e, então, ser formado como homem. 

 

O Reino de Deus é um Reino de protocolos e sua estrutura de governo é um assunto para homens maduros, e não para meninos; quando falo isso, não falo em idade, mas em estatura de Cristo.

 

O exercício do ministério e a paternidade são para homens que entendam a sujeição à autoridade e, para isso, não podem ser feridos pelo autoritarismo.

 

Romanos 13:1-2

Todos devem sujeitar-se às autoridades superiores; porquanto, não, há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Ele. 

Portanto, quem se recusa a submeter-se à autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

 

Esse assunto é tão Importante que o inimigo tem atacado com veemência, pois onde a verdade de Deus se manifesta, a mentira e a distorção são as armas do diabo para confundir.

 

Não é por causa dos abusos e distorções que a paternidade não seja uma realidade bíblica fundamental.

 

Cem por cento dos que resistem a isso, têm problemas em sua identidade de filho, pois o processo natural de menino a homem se dá por meio da paternidade. 

 

A Paternidade é o modelo de formação de líderes, de homens de governo:

 

1 Coríntios 13:11

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

 

Por que muitos nunca deixam as coisas de menino?

Porque não estão sujeitos a um pai, ao governo de um homem de Deus.

 

Não estou falando somente de quem perdeu seu pai, mas de muitos que são filhos de meninos.

 

Um pai é formado em casa! 

Para ser pai é necessário ser filho, e precisamos ser preparados para ser pai

 

Um pai sem preparação é um pai fora do tempo. 

A paternidade prematura é um desastre! 

Pior do que ser órfão é ser filho de um pai imaturo! 

 

Um pai imaturo transfere seus temores, frustrações e, inclusive, seus sonhos pessoais ao filho, por isso estamos diante de uma geração sem equilíbrio emocional, homens e mulheres desgovernados em suas emoções.

 

Um pai tem como principal papel impartir identidade e destino.

 

Gênesis 1:26a

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.

 

Gênesis 5:3

Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.

 

Um pai transmite imagem e semelhança.

 

Mas qual é o projeto de Deus?

Que transmitamos nossa imagem e semelhança a nossos filhos?

Não, mas sim a imagem Dele.

 

E qual é a imagem do Deus invisível?

 

Colossenses 1:15

O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.

 

Cristo é a imagem do Deus invisível, ou seja, um pai é responsável por gerar no filho a identidade em Cristo, não em si mesmo.

 

Filhos possuem identidade, não nasceram para ser o que não fui, para realizar desejos que não realizei, ou ser privados pelos meus temores e preconceitos. 

 

Meus problemas devem servir de lição de como confiar em Deus, e não de cobrança.

 

Mas, sem uma revelação de Cristo, não sei quem sou, e se não sei quem sou, não estou apto a ajudar meus filhos!

 

Alguém que se diz pai, mas não conhece a identidade do Filho não é pai, mas faraó, porque Deus escondeu a identidade de Moisés do Faraó.

 

Os pais de Moisés sabiam que ele possuía um destino, e arriscaram sua vida para preservá-lo, mas Faraó não sabia quem era Moisés. 

 

O nome Moisés em egípcio é Mósis, que significa filho. Faraó tinha em sua casa alguém que tinha nome de filho, mas que ele não conhecia a identidade. 

Um filho na casa de um faraó sofre perseguição.

 

Hebreus 11:23-27

Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.

Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho (HUIOS) da filha de Faraó, Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado;

Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.

Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.

 

Quando nossa mente é sarada, quando nos encontramos em Cristo, quando recebemos Sua vida por meio da ressurreição, passamos por um processo no qual precisamos redescobrir nossa verdadeira identidade.

 

A palavra descrita pelo escritor de Hebreus como filho, que Moisés recusou ser chamado, é a palavra HUIOS, ou seja, Moisés não aceitou a condição de uma identidade egípcia, de alguém apto a administrar um legado visível de faraó, para herdar um legado invisível pela fé.

 

A paternidade nãé uma escolha natural nem visível, mas se dá no Espírito.

 

E qual é a realidade dos dias em que vivemos? Exatamente o oposto!

 

Por um total desconhecimento do Reino, que não tem aparência visível, mas é de dentro para fora, há pessoas buscando por estruturas no Egito, denominações, lideranças de prestígio que são incapazes de reconhecer um filho e lhe dar destino.

 

O resultado disso é: frustração, perseguição, imaturidade. E a consequência desse ciclo é que esses filhos frustrados se tornarão pais egoístas, amargos e destruidores de sonhos.

 

  •  Egoísta: “tenho para mim e para os meus sonhos, não para os meus filhos e a minha esposa”;

 

  •  Matador de sonhos: “porque eu não consegui, impregno a minha casa com um sentimento de derrota; ninguém mais consegue”;

  

  •  Destruidor de ambiente: “produzo medo, tristeza, e privação porque o que estou sentindo quero que todos sintam”.

 

Jesus fala sobre esse processo numa parábola:

 

Lucas 6:39-42

E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? 

Não cairão ambos na cova? 

O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. 

E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 

Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? 

Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.

 

Não tem como conduzir filhos sem que nossos olhos espirituais sejam abertos, sem que sejamos libertos do passado que nos cega e do padrão que recebemos de nossos pais que não está em Cristo.

 

 

Observe a vida destes dois homens na Bíblia: Jefté e Gideão. 

Os dois eram bastardos, os dois tinham um espírito violento de rejeição e miséria. 

 

  • Jefté:

Num momento em que a necessidade de aceitação e de provar seu valor se tornou tão forte, fez um voto insano que levou à morte sua própria filha!

Nossas feridas podem matar nossos filhos!

 

  • Gideão:

Teve dificuldade de crer, era medroso, ficava moendo trigo no lagar, com um espírito de miséria terrível, provando a Deus o tempo todo!

 

São pessoas que muitas vezes recebem a semente de Deus num histórico familiar de religiosidade, ou histórias de linhagens em religiões ou denominações que atam as pessoas por meio dessa confusão de pensamentos.

Pais com esse espírito abortam palavras proféticas e sonhos!

Como suas feridas produziram uma dificuldade imensa em crer em Deus, levam seus filhos a desacreditarem!

 

A ausência da segurança transmitida pelos pais produz um espírito terrível de miséria e de “cada um por si e Deus por todos!”. Como se dissesse: “Tenho que defender o meu, tenho que proteger meu território”.

 

Enquanto a necessidade básica de qualquer pessoa normal gira em torno de conforto, realização profissional, casamento, as pessoas que estão debaixo desse espírito não conseguem olhar a vida além da óptica de ser reconhecido, provar seu valor, defender sua posição; são um “prato cheio” para Satanás oferecer sua paternidade centrada no eu: prazer, mentira, pornografia, egoísmo, infidelidade.

 

Quando um pai é infiel não retém somente as finanças sobre sua vida, mas rouba a herança de seus filhos, 

porque a fidelidade dos pais são sementes dos filhos!

 

Sabe qual é o padrão de Deus para os pais? O prazer em dividir suas conquistas!

 

João 6:9-11

Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? 

E disse Jesus: Mandai assentar os homens. 

E havia muita relva naquele lugar. 

Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.

 E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam.

 

 Esse texto é bem conhecido. 

Jesus está diante de uma multidão faminta, quando aparece um jovem e oferece cinco pães. 

Nós não vemos nesse texto Jesus exaltando o jovem e sua disposição em dar, Jesus imediatamente partiu o pão e entregou aos homens.

Aqui temos um atributo importante do Pai manifesto no Filho: tudo o que é entregue ao pai é repartido para os filhos.

 

Quando escolhemos nos casar e ter filhos, a partir desse ponto, assumimos a responsabilidade diante de Deus de ter nossa vida partida para servir nossa família.

 

A generosidade em nossa vida não é uma alternativa,
mas um dever de pai!

 

Um homem verdadeiramente será pleno em sua caminhada com Cristo se puder deixar um legado aos seus filhos

 

Por isso a paternidade é uma característica do Espírito, uma natureza de Cristo e não de Adão. 

 

Herdamos de Cristo o desejo de dar a vida pelos filhos.

 

E um filho que tem como pai alguém que habita em Cristo, não tem isso como peso, mas como honra, pois sabe que todas as palavras, cuidados, incluindo correções, nascem de uma visão de destino e não de privações.

 

Malaquias 4:5-6

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.

 

Deus está nos dizendo que antes de experimentarmos a maldição de uma caminhada solitária na vida, teremos a oportunidade de nos redimir e converter nosso coração à paternidade.

 

Vivemos esses dias de restauração da paternidade, de pais que, em Cristo, estão aptos a ser uma plataforma de lançamento para seus filhos.

 

Nossos filhos serão como flechas, nossa posição atual será o ponto de partida de cada um deles. 

 

Vivemos dias de pais que sabem ouvir, discernir, perceber a voz de Deus.

 

Que possamos ser livres de toda cegueira, de toda surdez espiritual e assumir a responsabilidade como pais para uma geração de órfãos.

 

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Fonte: Ministração “Não há Paternidade sem Cristo” Ap. Cristiano Miranda