Os Pactos no Antigo Testamento

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Saiba mais sobre os Pactos no Antigo Testamento!

Todos os antigos pactos relatados na Bíblia já apontavam para a existência de Cristo. Eles tinham como objetivo anunciar a Cristo.

Existem quatro pactos importantes que foram dados por Deus a Israel, mas todos os antigos já apontavam para Jesus e para a cruz do Novo Pacto.

Os antigos concertos foram pactos de obras, feitos sobre promessas humanas, e os fracassos demonstraram a falibilidade do homem em pretender, por esforço próprio, guardar os mandamentos de Deus ou pôr-se em harmonia com a lei Dele.

É importantíssimo compreendermos a realidade do Antigo Pacto que, na bíblia encontra-se no antigo testamento (dividido em quatro importantes pactos), além de perceber como todos os pactos presentes nele apontam para Cristo. Vamos nos atentar visualizando Cristo em cada um deles, pois, 

de Gênesis a Apocalipse, o centro da Bíblia é Cristo!

 

PACTO ADÂMICO

Pacto de obras, pacto condicional, o homem teria que obedecer a instrução de Deus para usufruir a vida eterna (Gênesis 2:16,17). 

Adão, o primeiro representante da raça e primeiro homem, é a “figura daquele que haveria de vir” (Romanos 5:14; Romanos 5:19; I Coríntios 15:45). 

 

Adão foi criado sem pecado e, por isso, tinha certa comunhão com Deus sem a necessidade de mediador e, desse modo, estava apto a pactuar com Ele. 

Por ser um pacto condicional, Adão tinha liberdade para decidir entre obedecer e desobedecer. 

 

As condições do pacto estavam ao seu alcance. Se Adão escolhesse a árvore da vida, a natureza de Cristo seria levada a toda a raça humana. 

Porém ele optou pela desobediência e pelo conhecimento, assim a natureza caída (humanista) foi transmitida a toda a humanidade. 

 As consequências imediatas dessa desobediência, com Adão quebrando o pacto foram:

  • A perda das promessas de vida eterna.
  • O ganho da morte eterna como punição.
  • A perda da justiça original.

 

A decisão de salvação não estava mais ao alcance do homem.

 

Todo derramamento de sangue no culto dos crentes do Antigo Testamento nos indica que a salvação não está mais ao alcance do homem através de um pacto de obras, mas que o homem deve olhar para Deus e para o sangue do Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo.

 

PACTO ABRAÂMICO:

Deus firmou um pacto com Abraão prometendo a ele uma descendência e demonstrou que, através desse pacto, as Suas promessas chegariam a UMA descendência: CRISTO (Gênesis 17:1,2; Gênesis 22:17). 

 

Em Abraão, Deus nos mostra Cristo como a única semente da graça em contrapartida à lei, vemos isso através da vida de Sara (esposa de Abraão) e Agar (a escrava). 

 Agar e Sara representam dois pactos. Agar era mãe de Ismael, o filho produzido através do esforço humano, que representava o antigo pacto do Sinai. 

 Sara era a esposa legítima, mãe de Isaque, o filho da promessa, que representava a fé. 

 Agar foi expulsa e rejeitada. Sara permaneceu como a única alternativa para manter a verdadeira descendência de Abraão. 

 

Da mesma maneira, a lei deveria ser deixada de lado para dar lugar à promessa. 

 

Não basta sermos descendência de Abraão, precisamos estar atentos a qual descendência pertencemos: a de Sara, que representa a fé, então somos livres; ou a de Agar, que representa a lei e os esforços humanos, então permanecemos escravos (Gálatas 4:22-26). 

 

A maior bênção prometida a Abraão era Jesus, que era a base da salvação no Pacto Abraâmico.

 

 PACTO MOSAICO:

O Pacto Mosaico foi feito entre Deus e a nação de Israel, diferente do Pacto Abraâmico que foi feito com um homem (Abraão).

Como nação, o povo de Israel foi chamado a obedecer e a desfrutar das bênçãos dessa obediência, mas precisavam entender que o cumprimento da lei em si mesmo não era suficiente, era necessário caminhar em justiça através da fé (Romanos 9:31-33). 

Deus levantou Israel como luz para as nações, um símbolo profético que aponta para a Igreja através de Cristo (Isaías 49:6). 

Embora o Pacto Mosaico, pela observância da lei, garanta apenas bênçãos temporais, nele também está contida profeticamente a figura do Filho, CRISTO, que garantirá aos israelitas a benção da salvação, mas essa salvação não como recompensa pelo cumprimento da lei no pacto, porque ninguém pode cumpri-la, porém era exclusividade da fé operada por Deus em Seu povo, pois o que prevalecia sempre era o propósito da eleição da graça (Romanos 4:13-16; Gálatas 3:10-14).

 

O PACTO DAVÍDICO:

O Pacto Davídico era um pacto incondicional, em que Deus prometeu a Davi uma linhagem real sem fim, um trono e um reino para sempre (II Samuel 7:8-16). 

Por meio do Antigo Testamento, Deus interligou os pactos de uma maneira muito especial. 

Cada pacto está intimamente ligado ao outro, mas sempre em uma crescente revelação de algo novo, até que de fato as sombras se manifestassem em realidade através daquele que é tudo em todos, CRISTO! 

 

O Pacto Davídico aponta para Cristo, o Rei Eterno (Lucas 2:27,32; Lucas 2:46-49; 2 Samuel 7:13,14).

 

Em cada pacto, Deus estava revelando medidas da Sua verdade visando revelar o Seu caráter e o Seu propósito em cada geração. 

 

Essas verdades nem sempre foram compreendidas pelo homem. Todos os pactos apresentavam um Deus externo, pois o homem ainda não tinha recebido o Espírito Santo, por isso se tornaram desatualizados.

 

No Novo Pacto, o homem se tornou o templo do Espírito Santo, se tornou um com Cristo (João 14:23), e, agora, Deus revelou o Seu filho em nós.

 

Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue. Gálatas 1:15,16

 

Nos antigos pactos, a lei era guardada pelo povo somente pela letra, e não com o coração. 

 

Com o Novo Pacto, isso mudou. 

 

Jesus imprimiu a lei na mente e no coração dos cristãos, ensinando, assim, que podemos ser obedientes pela graça de Cristo que habita em nós.

 

2 Coríntios 3.2-3 mostra que o novo está em nossos corações:

 

Vós sois a carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens, porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.

 

E Hebreus 8.10 mostra que Deus colocou o novo em nossa mente:

 

Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.

 

O Novo Pacto é infinitamente melhor. 

 

Ele foi estabelecido sobre uma promessa melhor, diz a palavra de Deus em Hebreus 8.6: Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores promessas.

 

A diferença entre o NOVO PACTO e todos que o antecederam é que, se há um NOVO PACTO, o antigo se torna ultrapassado. Se os antigos pactos eram como uma sombra, o NOVO é o cumprimento.

 

Hebreus 8.10-13

Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo; e não ensinará cada um ao seu concidadão, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior.

Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados não me lembrarei mais. Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer.

 

Se nos ANTIGOS o Espírito se apoderava de homens concedendo a eles poder, no NOVO o ESPÍRITO de DEUS se funde ao do HOMEM e se torna um só com ele. 

Finda-se, definitivamente, o período de um relacionamento com Deus, para o tempo de manifestar a Ele através de Seu Filho, CRISTO: 

 

João 17.21-23

Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim.

 

Para adentrarmos esse tempo de viver a ressurreição de CRISTO em nós, não existe outro caminho que não seja experimentar a MORTE DELE em nós. 

 

Romanos 6.8

Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.

 

O Novo Pacto tem como mensagem central o cumprimento de todas as promessas relacionadas às dos anteriores.

 

O CRISTO RESSUSCITADO:

 

João 1.1

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

 

O Verbo se fez carne, não se fez um livro. Ao lermos a Bíblia, precisamos entender que estamos olhando para uma janela. 

 

Essa janela é só um instrumento para que você possa ver através dela a realidade de Deus para os homens – Seu Filho!

 

Poderíamos também comparar a Bíblia a uma bússola, ela aponta o Caminho, que é Cristo. 

 

Toda a leitura da Bíblia sem a revelação do Filho de Deus só produzirá conhecimento, por isso a própria Bíblia nos alerta que a letra mata, mas o espírito vivifica o homem. 

 

2 Coríntios 3:6

O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo pacto, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.

 

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